Os esquecidos e os negligenciados nas literaturas das Américas
Esta proposta de dossiê parte das reflexões e pesquisas desenvolvidas no GT Relações Literárias Interamericanas da ANPOLL e tem como objetivo refletir sobre às várias formas de exclusão e sobre os sujeitos excluídos representados, ou como afirma Barthes em Aula (2013, p. 23), demonstrados na Literatura, assim como a ascensão, na contemporaneidade, da voz dos excluídos, dos marginalizados na Literatura como criadores da arte literária. No ensaio “A escrita e os excluídos”, presente em Literatura e Resistência (2002), Alfredo Bosi propõe que para compreendermos as relações estabelecidas entre a Literatura e os sujeitos excluídos ou que estão à margem da sociedade, os negligenciados precisamos percebê-los a partir de dois prismas distintos, porém relacionados. Primeiramente Bosi se refere aos historiadores da literatura que percebem os excluídos, os marginalizados ou negligenciados como objeto da escrita literária. São estes sujeitos, suas vivências e experiências empíricas que darão base para que os escritores construam suas personagens, seus enredos, as temáticas escolhidas por estes, dando a estes sujeitos, que por determinados motivos estão ou foram excluídos, marginalizados ou negligenciados pela sociedade como um todo, o protagonismo dos textos literários. Já a segunda relação apontada por Bosi entre o sujeito excluído e a escrita literária aponta para o homem sem letras, o ensaísta versa sobre o excluído enquanto sujeito do processo simbólico. Assim, buscamos a atualidade dos debates nas diversas sociedades das Américas passa na problemática da exclusão, da marginalização, da negligencia de determinados sujeitos, seja a problemática qual for, de gênero, racial, política, cultural, social, etc., provocada pelos mais variados fatores e manifestadas das mais variadas formas.
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