Literaturas, Gênero e culturas em África e América Hispânicas: Contemporaneidade
Organizadores:

Damaris Pereira Santana Lima (UFMS/Campo Grande)

Márcio Antonio de Souza Maciel (UEMS/Campo Grande)

Ementa: Imbuídos e embebidos de conceitos teóricos como “decolonialidade”, “hibridismo”, “mestiçagem”, “literaturas e feminismos”, “literaturas homoeróticas”, “fronteiras para além da geografia”, “culturalismo”, postulações investigativas, a bem que se digam, que emergem por volta do último jubileu do século XX, nossa proposta com o número temático da revista é, a partir de tais chaves temáticas e/ou teóricas, discutir e congregar trabalhos que tenham tanto África (Guiné Equatorial e Saara Ocidental) como a América hispânicas como espaço lítero-cultural. A justificativa para a escolha –política, por certo- se deve ao fato que de todas as línguas europeias (espanhol, francês, inglês e português) que foram impostas e transplantadas no continente africano, a língua (culturas e literaturas) espanhola, de acentos africanos, sobejamente, recebe menos atenção se comparada às outras do velho continente, conforme apontamos. Por conta disso, de acordo com o crítico de literatura Mbaré Ngom (2007), a expressão “literaturas africanas de língua espanhola” daria conta do conjunto representado pelos textos literários africanos originalmente escritos e veiculados em castelhano. Para além disso, ou seja, do protagonismo das literaturas africanas em língua espanhola, incluem-se, igualmente, em nosso escopo trazer autores, textos, possibilidades e visões de pesquisa dentro da América hispano-americana. A respeito do conceito de gênero, por nós ilustrado no título, nos referimos, neste momento, aos mais diversos textos tanto de autoria feminina bem como aos textos literários cujo protagonismo se concentre nas mulheres, mas não necessariamente tenham sido escritos por mulheres. Contudo, a visada contrária e crítica ao patriarcado, por certo, devem constar deles. Por sua vez, denominamos como literaturas homoeróticas aquelas que se voltam tanto para autores/as homoeróticos/as, caso sua prática e orientação homoafetivas tenham sido claras em sua vida e/ou tenham sido claros e presentes em seu labor artístico. No que tange ao decurso temporal por nós circunscrito, ainda que polêmico e fluido e, portanto, subjetivo, a depender do estudioso, por fim, optamos por datar contemporaneidade como segunda metade do século XX até os dias de hoje. Neste sentido, convidamos a todos/as, cujos trabalhos e investigações científicos tenham como horizontes tais inquietações, que nos remetam os textos para compor o presente número 26, até o dia 05 de outubro de 2022.
https://revistarascunhos.ufms.br/chamada-do-26o-numero-da-rascunhos-culturais/


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