“A literatura é um dos únicos lugares onde a voz dos mudos pode ser ouvida”. Essa é uma frase muito marcante de Lacan e nos faz pensar na Literatura, assim como em outras Artes, como um espaço capaz de representar pessoas de diferentes classes, gêneros e raças. Mas, muito além desses tipos de segregações que podem ser discutidas no campo literário, a Literatura é capaz de romper com noções muito particulares ao ser humano, como o que entendemos como feminino e masculino ou como humanidade.

Nesse sentido, a busca pela compreensão da voz de outros seres se torna um objeto que, na imaginação literária, é possível de ser ouvido. O presente curso propõe uma reflexão com bases teóricas da Ecologia e da Psicanálise, acerca de poemas em que a voz dos rios e das plantas está presente, não como um pano de fundo (um cenário teatral), mas como atores de universos que, através da Arte, podem ensinar muito para nossa atual realidade e para o que entendemos como sujeito humano.

Mariana Vieira, Mestre em Letras e Artes (PPGLA-UEA) e Doutoranda pela Universidade Federal Fluminense (Poslit-UFF/Fapeam), estuda a língua e cultura japonesa há nove anos com a finalidade de entender um pouco mais sobre como os asiáticos se relacionam com o que entendemos como “natureza”.

No Mestrado em Letras e Artes, Mariana se aproximou muito da Filosofia e História dos povos indígenas da Amazônia brasileira e, atualmente, no Doutorado, propõe uma reunião dos saberes da Amazônia com esses pensamentos orientais, na busca de uma leitura literária que descolonize algumas noções filosóficas, ainda relacionadas ao antropocentrismo.

Segundo a pesquisadora, seu maior desafio, enquanto professora, sempre foi pensar em como tornar essa investigação acessível aos diversos tipos de pessoas interessadas em Literatura, Biologia e Filosofia.

Depois de algumas experiências, Mariana oferta essa proposta de curso, com o objetivo de estabelecer diálogos sobre a Cultura e Filosofia do Japão e da Amazônia, a partir, sobretudo, da Cerimônia do chá japonesa.

Além dos conteúdos propostos, os participantes poderão vivenciar a cerimônia do chá (Chanoyu, em japonês), tal como a doutoranda aprendeu em Kyoto, mas com algumas adaptações amazônidas. O curso, assim, reúne de maneira didática e transdisciplinar, a Literatura e a vivência de um ritual artístico.

As inscrições são limitadas e as dúvidas podem ser sanadas pelo Whatsapp: (92) 99181-8466 ou pelo e-mail vieira_mariana@id.uff.br

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